Aula 23| 27 min| Desenlace - O Regresso do Marido
https://www.rtp.pt/play/estudoemcasa/p7822/e518439/portugues-9-ano
Aula 23| 27 min| Desenlace - O Regresso do Marido
https://www.rtp.pt/play/estudoemcasa/p7822/e518439/portugues-9-ano
Aula 22| 27 min| Concretização do adultério - Cenas do Castelhano e do Lemos
https://www.rtp.pt/play/estudoemcasa/p7822/e517502/portugues-9-ano
Continuando a seguir as aulas do EstudoEmCasa, passamos à primeira aula sobre o Auto da Índia.
Aqui fica o link.
Aula 21 | Seg, 2021-01-11
15:30
https://www.rtp.pt/play/estudoemcasa/p7822/e516899/portugues-9-ano
Para te ajudar a saber mais sobre Gil Vicente e a sua obra, lembrei-me de partilhar os recursos criados pelo #EstudoEmCasa.
Vê-os com atenção porque irão ser muito úteis.Com a Aula 9 | Seg, 2020-11-16 15:30, ficarás a conhecer a biografia de Gil Vicente e um pouco do Auto da Barca do Inferno. Se não for essa a peça que estás a estudar, podes ir apenas até aos 15 minutos.
Português - 9.º ano , aula 9 - 16 Nov 2020 - Estudo Em Casa - RTP
Para iniciar a unidade dois do teu manual de 9º ano, com o título "O Barco vai de saída", proponho-te a audição desta canção de Fausto, do álbum Por este rio acima, de 1998.
Vê a apresentação de Graham Shaw e aprende a desenhar cartoons. Podes até usá-los para ilustrar os teus trabalhos e torná-los mais criativos.
Clica na imagem e segue as instruções.
Diverte-te a criar persongens para as tuas apresentações e as tuas histórias!.
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas, mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
.
E cravam-se no tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
.
De mãos é cada flor, cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Este poema de Manuel Alegre simboliza a esperança pela Liberdade e foi cantado por Adriano Correia de Oliveira.
Análise estilística
Para ler e ouvir, na voz do ator Raúl Solnado.
Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
Esclarecimento CNL:
2.º ciclo – Henrique Pires, 6.ºC e Joana Brilhante, 6.ºG.
3.º ciclo –Maria Manuel Alexandre, 7.ºB, e Inês Gouveia, 7.ºD
Secundário Profissional – Amélé Ali, 12.º7 e Nahary Santos, 12.º7
Podem aceder para mais esclarecimentos a:
http://www.pnl2027.gov.pt/np4/
Em 1949, ainda com o fantasma bem vivo da Segunda Guerra Mundial, chegaram a Portugal 5500 crianças austríacas, ao abrigo de um programa da Cáritas, facto histórico que inspirou Rosário Alçada Araújo a escrever o romance juvenil “O País das Laranjas” (Asa, 2019).
Conhecemos Martha, uma menina de 10 anos, desde o momento que chega a Portugal e segue viagem para a Covilhã, onde é recebida carinhosamente pelos pais portugueses. Depois de uma noite bem dormida, o primeiro dia é marcado por grandes descobertas: a biblioteca, a primeira refeição e a primeira palavra que memoriza: laranja. “Eu nunca na vida tinha visto laranjas. E que cor pode ter uma laranja! Brilhavam tanto que eu pensei estarem prontas a ser comidas. Peguei nela e dei-lhe uma trinca, com casca e tudo. Os meus pais começaram a rir-se e a minha mãe apressou-se a tirá-la da minha boca. Ao princípio fiquei aflita, quase comecei a chorar. Mas o olhar divertido do meu pai fez.me sentir mais leve. A minha mãe chamou a criada, que me ensinou a descascar a laranja com garfo e faca. Quando levei o primeiro gomo à boca, não queria acreditar que se pudesse comer e beber um sabor tão delicioso. “Fiz bem em escolher Portugal” pensei.” Não sei como são os outros, mas neste país há laranjas”.
Martha, juntamente com os seus novos primos e amigos, vive aventuras inesquecíveis, aprende costumes e hábitos do povo português: as conversas com a Rosinha, a costureira que semanalmente vai a casa dos pais para fazer a roupa para toda a família; os sabores de uma gastronomia diferente da sua terra natal; os rebuçados caseiros, que eram uma delícia; os jogos de cartas ou a ida ao Hospital da Bonecas. Tudo prova de que “a infância é para ser levada muito a sério”, e que Martha guardará na caixa de recordações de Portugal, tão essenciais que foram para ultrapassar as vivências atrozes de uma guerra e a separação da sua família biológica.
A história de Martha, tão bem narrada por Rosário Alçada Araújo, proporciona-nos recordar grandes livros da literatura infantil e juvenil, que vão de Virgínia de Castro e Almeida à Condessa de Ségur, Maria Lamas, Sidónio Muralha ou Michael Ende, entre muitos outros – o título de cada capítulo corresponde a um título da literatura infantil e juvenil, como esclarece a autora logo nas primeiras páginas do livro, excepção feita ao epílogo, inspirado num título do romance de Odette de Saint- Maurice (provavelmente uma homenagem a uma escritora portuguesa que se notabilizou sobretudo na literatura infantil e juvenil).
A ida à biblioteca era, para Martha, um momento memorável: “Quando abria a porta no silêncio e na escuridão, parecia sentir que as histórias respiravam e era-me mais fácil decidir o que ia ler e ficar ali num mundo só meu”. A descoberta de novos livros, bom como de autores como Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco, possibilitaram-lhe descobrir que em Portugal existiam, então, livros proibidos.
“O País das Laranjas” é um livro de prosa simples e encantador. Fala-nos de amor, carinho e ternura, mas também das marcas que uma guerra deixa e nas difíceis escolhas que são necessárias fazer na vida. Escolhas essas que marcam cada um para sempre. A história da pequena Martha deixa, a todos nós, uma questão pertinente: afinal, quem somos?
Rosário Alçada Araújo nasceu em Lisboa. Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, mas cedo deixou a vida de jurista, rumo a Londres, onde se aproximou do mundo da literatura infantil e juvenil – quer através de um curso de escrita criativa para crianças, quer pelas suas próprias pesquisas em bibliotecas e livrarias. Algumas das suas obras estão recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura2027.