domingo, 3 de outubro de 2021

#EstudoEmCasa - Auto da Índia, de Gil Vicente (1)

 Continuando a seguir as aulas do EstudoEmCasa, passamos à primeira aula sobre o Auto da Índia. 

Aqui fica o link.

Aula 21 | Seg, 2021-01-11 15:30

https://www.rtp.pt/play/estudoemcasa/p7822/e516899/portugues-9-ano

Bom trabalho!


#EstudoEmCasa - Gil Vicente – vida e obra

Para te ajudar a saber mais sobre Gil Vicente e a sua obra, lembrei-me de partilhar os recursos criados pelo #EstudoEmCasa. 



Vê-os com atenção porque irão ser muito úteis.

Com a Aula 9 | Seg, 2020-11-16 15:30, ficarás a conhecer a biografia de Gil Vicente e um pouco do Auto da Barca do Inferno. Se não for essa a peça que estás a estudar, podes ir apenas até aos 15 minutos.

Português - 9.º ano , aula 9 - 16 Nov 2020 - Estudo Em Casa - RTP



terça-feira, 21 de setembro de 2021

O barco vai de saída, Fausto

Para iniciar a unidade dois do teu manual de 9º ano, com o título "O Barco vai de saída", proponho-te a audição desta canção de Fausto, do álbum Por este rio acima, de 1998. 

O barco vai de saída 


O barco vai de saída
Adeus ó cais de alfama
Se agora vou de partida
Levo-te comigo ó cana verde
Lembra-te de mim ó meu amor
Lembra-te de mim nesta aventura
P'ra lá da loucura
P'ra lá do Equador
Ah! mas que ingrata ventura bem me posso queixar
Da pátria a pouca fartura
Cheia de mágoas ai quebra mar
Com tantos perigos ai minha vida
Com tantos medos e sobressaltos
Que eu já vou aos saltos
Que eu vou de fugida
Sem contar essa história escondida
Por servir de criado a essa senhora
Serviu-se ela também tão sedutora
Foi pecado
Foi pecado
E foi pecado sim senhor
Que vida boa era a de Lisboa
Gingão de roda batida
Corsário sem cruzado
Ao som do baile mandado
Em terras de pimenta e maravilha
Com sonhos de prata e fantasia
Com sonhos da cor do arco-íris
Desvairas se os vires
Desvairas magia
Já tenho a vela enfunada
Marrano sem vergonha
Judeu sem coisa sem fronha
Vou de viagem ai que largada
Só vejo cores ai que alegria
Só vejo piratas e tesouros
São pratas, são ouros
São noites, são dias
Vou no espantoso trono das águas
Vou no tremendo assopro dos ventos
Vou por cima dos meus pensamentos
Arrepia
Arrepia
E arrepia sim senhor
Que vida boa era a de Lisboa
O mar das águas ardendo
O delírio dos céus
A fúria do barlavento
Arreia a vela e vai marujo ao leme
Vira o barco e cai marujo ao mar
Vira o barco na curva da morte
Olha a minha sorte
Olha o meu azar
E depois do barco virado
Grandes urros e gritos
Na salvação dos aflitos
Esfola, mata, agarra
Ai quem me ajuda
Reza, implora, escapa
Ai que pagode
Reza tremem heróis e eunucos
São mouros, são turcos
São mouros acode
Aquilo é uma tempestade medonha
Aquilo vai p'ra lá do que é eterno
Aquilo era o retrato do inferno
Vai ao fundo
Vai ao fundo
E vai ao fundo sim senhor
Que vida boa era a de Lisboa
Que vida boa era a de Lisboa

Compositor: Fausto Bordalo Dias,

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

E tu? Acreditas que és capaz de desenhar?

 Vê a apresentação de Graham Shaw e aprende a desenhar cartoons. Podes até usá-los para ilustrar os teus trabalhos e torná-los mais criativos.

Clica na imagem e segue as instruções. 

Diverte-te a criar persongens para as tuas apresentações e as tuas histórias!


  






sexta-feira, 9 de julho de 2021

O Ponto, Peter Reynolds


O Ponto é uma inspiradora e cativante história escrita e ilustrada por Peter Reynolds que demonstra o poder de um pequeno incentivo e uma professora que sabiamente vai agir de forma a desencadear o início de um processo criativo. Uma narrativa textual e pictórica mínima em que Reynolds apresenta de forma magnífica o poder da relação educativa entre a criança e o adulto.

Carrega no  e vê o vídeo.



sexta-feira, 25 de junho de 2021

"As mãos", Manuel Alegre, Obra Poética

 .

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.

Com mãos tudo se faz e se desfaz.

Com mãos se faz o poema – e são de terra.

Com mãos se faz a guerra – e são a paz.


Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.

Não são de pedras estas casas, mas

de mãos. E estão no fruto e na palavra

as mãos que são o canto e são as armas.

.

E cravam-se no tempo como farpas

as mãos que vês nas coisas transformadas.

Folhas que vão no vento: verdes harpas.

.

De mãos é cada flor, cada cidade. 

Ninguém pode vencer estas espadas:

nas tuas mãos começa a liberdade.

in «O canto e as Armas», 1967

Este poema de Manuel Alegre simboliza a esperança pela Liberdade e foi cantado por  Adriano Correia de Oliveira.

Análise estilística

  • Antítese: ”se faz, se desfaz. a paz, a guerra” (realça o poder quer para o bem quer para o mal das mãos)
  • Comparação: ”E cravam-se no tempo como farpas.”
  • Anáfora: ”Com mãos…; Com mãos…; Com mãos…; Com mãos….” (anuncia a enumeração de poderes das mãos)
  • Metáfora: ”Ninguém pode vencer estas espadas” (como uma arma, espada, as mãos podem ser usadas para alcançarmos a liberdade)
  • Aliteração: ”vão no vento: verdes”  (escolha do verde, esperança, e de um efeito sonoro, o V, para mostrar como esse poder pode ser espalhado por todo o mundo)

terça-feira, 22 de junho de 2021

Liberdade, de Fernando Pessoa


Lembrei-me de mais um poema de que gosto muito: "Liberdade". 

Para ler e   ouvir, na voz do ator Raúl Solnado.

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!

Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doira
Sem literatura.

O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

 Fernando Pessoa


domingo, 20 de junho de 2021

Poesia com Sophia

Inscrição

"Quando eu morrer voltarei para buscar 
os momentos que não vivi junto do mar" 
in Livro Sexto, 1962


"As ondas do mar quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e a espuma
Do mar que cantava só para mim"

 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Concurso Nacional de Leitura - Prova Municipal

 Esclarecimento CNL:

realização da Prova Municipal sofreu alteração: transita para o dia 8 de março.
Assim, os alunos apurados têm mais tempo para a leitura das obras selecionadas! 😉👍

    2.º ciclo – Henrique Pires, 6.ºC e Joana Brilhante, 6.ºG.

3.º ciclo –Maria Manuel Alexandre, 7.ºB, e Inês Gouveia, 7.ºD


Secundário Profissional – Amélé Ali, 12.º7 e Nahary Santos, 12.º7



Podem aceder para mais esclarecimentos a: 

http://www.pnl2027.gov.pt/np4/CNL2021.html


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Os Milagres de Miranda, de Siobhán Parkinson

   

Uma coleção que surpreende pela história, que atrai pela imagem, que encanta pela mensagem, que se distingue como estrelas brilhantes.

Se usares a tua imaginação, os sonhos podem tornar-se realidade...
Miranda Maguire adora palavras e imaginar histórias. Quando a sua irmã adoece, Miranda começa a escrever uma história e pequenos milagres parecem acontecer: a sua avó deixa de fumar, o terrível Darren Hoey passa a ser simpático para ela...
Será Miranda capaz de escrever o milagre que vai salvar a sua irmã?

Um livro encantador, de uma autora multipremiada, que nos revela a importância da esperança e o poder da imaginação!

Plano Nacional de Leitura Literatura – dos 9-11 anos

Os Milagres de Miranda - algumas páginas do livro para aguçar o apetite.

“O País das Laranjas” | Rosário Alçada Araújo

Em 1949, ainda com o fantasma  bem vivo da Segunda Guerra Mundial, chegaram a Portugal 5500 crianças austríacas, ao abrigo de um programa da Cáritas, facto histórico que inspirou Rosário Alçada Araújo a escrever o romance juvenil “O País das Laranjas” (Asa, 2019).

Conhecemos Martha, uma menina de 10 anos, desde o momento que chega a Portugal e segue viagem para a Covilhã, onde é recebida carinhosamente pelos pais portugueses. Depois de uma noite bem dormida, o primeiro dia é marcado por grandes descobertas: a biblioteca, a primeira refeição e a primeira palavra que memoriza: laranja. “Eu nunca na vida tinha visto laranjas. E que cor pode ter uma laranja! Brilhavam tanto que eu pensei estarem prontas a ser comidas. Peguei nela e dei-lhe uma trinca, com casca e tudo. Os meus pais começaram a rir-se e a minha mãe apressou-se a tirá-la da minha boca. Ao princípio fiquei aflita, quase comecei a chorar. Mas o olhar divertido do meu pai fez.me sentir mais leve. A minha mãe chamou a criada, que me ensinou a descascar a laranja com garfo e faca. Quando levei o primeiro gomo à boca, não queria acreditar que se pudesse comer e beber um sabor tão delicioso. “Fiz bem em escolher Portugal” pensei.” Não sei como são os outros, mas neste país há laranjas”.

Martha, juntamente com os seus novos primos e amigos, vive aventuras inesquecíveis, aprende costumes e hábitos do povo português: as conversas com a Rosinha, a costureira que semanalmente vai a casa dos pais para fazer a roupa para toda a família; os sabores de uma gastronomia diferente da sua terra natal; os rebuçados caseiros, que eram uma delícia; os jogos de cartas ou a ida ao Hospital da Bonecas. Tudo prova de que “a infância é para ser levada muito a sério”, e que Martha guardará na caixa de recordações de Portugal, tão essenciais que foram para ultrapassar as vivências atrozes de uma guerra e a separação da sua família biológica.

A história de Martha, tão bem narrada por Rosário Alçada Araújo, proporciona-nos recordar grandes livros da literatura infantil e juvenil, que vão de Virgínia de Castro e Almeida à Condessa de Ségur, Maria Lamas, Sidónio Muralha ou Michael Ende, entre muitos outros – o título de cada capítulo corresponde a um título da literatura infantil e juvenil, como esclarece a autora logo nas primeiras páginas do livro, excepção feita ao epílogo, inspirado num título do romance de Odette de Saint- Maurice (provavelmente uma homenagem a uma escritora portuguesa que se notabilizou sobretudo na literatura infantil e juvenil).

A ida à biblioteca era, para Martha, um momento memorável: “Quando abria a porta no silêncio e na escuridão, parecia sentir que as histórias respiravam e era-me mais fácil decidir o que ia ler e ficar ali num mundo só meu”. A descoberta de novos livros, bom como de autores como Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco, possibilitaram-lhe descobrir que em Portugal existiam, então, livros proibidos.

O País das Laranjas, Asa, Deus Me Livro, Crítica, Rosário Alçada Araújo“O País das Laranjas” é um livro de prosa simples e encantador. Fala-nos de amor, carinho e ternura, mas também das marcas que uma guerra deixa e nas difíceis escolhas que são necessárias fazer na vida. Escolhas essas que marcam cada um para sempre. A história da pequena Martha deixa, a todos nós, uma questão pertinente: afinal, quem somos?

Rosário Alçada Araújo nasceu em Lisboa. Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, mas cedo deixou a vida de jurista, rumo a Londres, onde se aproximou do mundo da literatura infantil e juvenil – quer através de um curso de escrita criativa para crianças, quer pelas suas próprias pesquisas em bibliotecas e livrarias. Algumas das suas obras estão recomendadas pelo Plano Nacional de Leitura2027.


https://deusmelivro.com/mil-folhas/o-pais-das-laranjas-rosario-alcada-araujo-6-5-2020/#.X_SsrNj7TIU

MIL FOLHASPor  · Em 06/05/2020