sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

"Fronteira", um conto de Miguel Torga

Ouve e observa a reportagem da TSF "Os contrabandistas".
 
Vais compreender como, desde cedo, os entrevistados se dedicaram ao contrabando porque "a miséria era muita" e não tiveram oportunidade para estudar. Por outro lado, tinham acesso a outros produtos que escasseavam e era como uma "tradição" de família. 
 
Ficarás a saber que contrabando é a introdução clandestina, ilegal, de mercadorias num país ou numa região para fugir aos direitos alfandegários. Para atravessar com as mercadorias essas regiões era preciso pagar um imposto. Na fonteira, havia guardas que tinham como função vigiar e tentar impedir o contrabando.
 
Quando leres o conto "Fronteira", de Miguel Torga, vais entender melhor o contexto em que se desenrola a história.

Podes também ver um documentário sobre Miguel Torga, que passou na RTP2, bem como uma reportagem intitulada Trilho Miguel Torga, que passou no Porto Canal.

Em seguida, para fazeres mais facilmente a leitura orientada, aqui fica um link com algumas informações úteis.

 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Projeto testes intermédios

Preocupado com os testes intermédios?
Nada de aflições!

Para que te possas preparar melhor, acede ao site do GAVE onde dispões das provas já realizadas, dos critérios de correção e da respetivas soluções. Aqui tens o link que te dá acesso a esse materiais.
http://www.gave.min-edu.pt/np4/430.html
 
Não te esqueças de que o teste intermédio de Português para o 9º ano se realiza já no dia 7 de fevereiro. Vamos lá a estudar!
 

domingo, 13 de janeiro de 2013

(Des)Acordo Ortográfico

A polémica continua.
Carta aberta a Nuno Crato pede para revogar Acordo Ortográfico

 in Público.pt, 13 de janeiro de 2013


Sociedade Portuguesa de Autores não vai adoptar Acordo Ortográfico
A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) vai continuar a redigir os seus documentos e a sua comunicação de acordo com a norma ortográfica antiga. O professor Carlos Reis critica a decisão, acusando a instituição de estar a correr “atrás de lebres mal informadas ou tendenciosas”.
 
                                                      in Público.pt, 15 de janeiro de 2013
 

                                                                                Lisboa, 9 de Janeiro de 2013

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

História da Gata Borralheira

Marilyn - escultura de Joana Vasconcelos

Com algumas semelhanças ao conto tradicional, este fala no primeiro baile de uma rapariga cujo nome é Lúcia. Esta foi com a sua tia-madrinha para o baile, numa mansão cor-de-rosa, na primeira noite de Junho, mas apresentou-se com um vestido lilás, horroroso. Esta usava também uns sapatos rotos, velhos e azuis. Durante a festa, foi colocada de parte por todos, sentindo-se gozada. Então, durante a noite, ela olha-se no espelho, sentindo-se "afogada boiando numa água sinistra", encontra uma rapariga, de certa forma, misteriosa, que a faz tentar ver que os espelhos são como as pessoas "más", que não diziam a verdade. Mais tarde, um rapaz dança com ela e, também um tanto misterioso, lhe diz que, noites como aquelas escondiam uma "angústia" por entre os brilhos, cores e perfumes... Durante a dança, um dos sapatos velhos cai-lhe do pé! E ela nada disse, não se acusou. No final da noite, numa sala coberta de espelhos, esta promete a si mesma que vai mudar a sua vida. Passados vinte anos, ela volta à tal mansão, rica, bonita e poderosa. Sim, tinha mesmo mudado, a sua vida. Voltou à tal sala de espelhos, onde, como que por magia, a imagem refletida não foi o seu novo vestido, mas sim o antigo, lilás. No momento de pavor, entrou um homem na sala, dizendo ser o "outro caminho". O caminho que ela escolheu há vinte anos atrás. E, como pagamento, queria o seu sapato do pé esquerdo que, desta vez, era forrado a diamantes. Ele, como troca, entregou-lhe o antigo sapato roto. Ela não se conseguiu mover. Este tirou o sapato. Na manhã seguinte, Lúcia havia sido encontrada morta na mesma sala. Nunca houve explicação para o facto de se encontrar um sapato roto no seu pé.

De uma leitura simples, mas profunda, História da Gata Borralheira por Sophia de Mello Breyner fala-nos de que, nem sempre a riqueza é o melhor caminho e que as coisas podem nem sempre correr bem. Um conto de fadas "mais realista", com um final infeliz.

Histórias da Terra e do Mar

Para te ajudar a compreender melhor a mensagem deste conto, vais agora ler esta síntese em PowerPoint.
 


 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Dentes de Rato

Dia 15 de outubro de 2012, Agustina Bessa-Luís celebrou o seu 90º aniversário. Em homenagem à escritora, a sua filha, Mónica Baldaque, criou um círculo literário. O primeiro livro está no Plano Nacional de Leitura e conta a história de uma família. Lourença é a personagem principal, a quem chamam Dentes de Rato por causa dos incisivos compridos e finos e da mania de mordiscar a fruta.
Mas essa não é a única característica que distingue Lourença. Ela é também capaz de sonhar na sua cabeça milhares de aventuras diferentes com estrelas de cinema ou pessoas que nunca conheceu. essas são as suas verdadeiras memórias de infância.
A PI lançou em 2010 uma edição especial do livro infantil, com ilustrações de Mónica Baldaque. A mãe escreve. A filha ilustra.  A história continua no livro Vento, areia e amoras bravas.


Verifica agora as respostas ao Guião de Leitura do conto Dentes de Rato. 


 
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Dentes de Rato, de Agustina Bessa-Luís


Dentes de Rato, de Agustina Bessa-Luís, é uma obra recomendada pelo Plano Nacional de Leitura/ Educação Literária.  

Para a protagonista, os adultos são "uns chatos" que as crianças não compreendem. Impõem regras, exigem obediência e bom comportamento. Até mesmo a sua irmã Marta, que só tem 12 anos, já quase passou para o outro lado, o lado adulto aborrecido.
Lourença é a "Dentes de Rato" porque tem a mania de "morder a fruta da fruteira e deixar lá os dentes marcados". Prefere a solidão e, mesmo partilhando o quarto com a irmã, vive só e descobre o mundo sozinha. Não faz perguntas porque não confia nas explicações que lhe possam dar e observa tudo para obter sozinha as respostas às dúvidas que tem.
Ela é a poesia e voa na sua cama transformada em palco, piroga ou transatlântico onde vive grandes aventuras.
Rebelde por natureza, detesta a ordem instituída pelos adultos:
  • As roupas que a mãe lhe impõe para fazer dela uma menina maravilhosa;
  • Ir de castigo para o jardim;
  • O colégio interno para onde recusou voltar porque não gostava de rezar;
  • As professoras que a preferiam ignorante pois o muito que sabia confundia-as.

Para leres o conto na íntegra, clica aqui.

Se ainda não conhecias esta escritora, tens aqui acesso a uma biografia de Agustina Bessa-Luís.

Boa leitura!